terça-feira, 31 de maio de 2011

CICLOBEATOS NA VIA ALGARVIANA 2011


Faltam apenas nove dias para o inicio da nossa aventura na via algarviana, já foram apresentados individualmente, os protagonistas numa das nossas edições no mês de Março, deixo-vos agora com um pequeno video com a apresentação de cada protagonista desta feita, em fotos de acção ou por vezes sem acção nenhuma...

domingo, 29 de maio de 2011

APENAS DOIS... NO EXPRESSO DO CABO


Hoje só compareceram dois CicloBeatos no local de concentração, algo estranho quando estamos a apenas dez (10) dias do arranque da nossa travessia do "deserto" algarvio, espero que tenham treinado de outras maneiras...

Eu tenho pena de ainda não poder treinar... Mas quanto à minha vontade e impossibilidade estamos conversados, em relação aos que não têm treinado, eu sei que anseiam pela minha companhia na carrinha da expedição... Mas cuidado! Talvez não me acompanhem na viatura, se calhar a melhor forma de me terem por perto é mesmo a pedalar e a estarem bem preparados... Não apanhem a "vergonha" de um "maneta" fazer o que vocês sem mazela nenhuma, não irão realizar... A ver vamos! Agora deixo-vos novamente bem entregues ao relato do Mário:


"Pois é! Meus amigos, o título de hoje só podia ser este já que os dois CicloBeatos que compareceram á chamada, Hipólito e Mário, fizeram a ligação de Vila Nogueira de Azeitão/Cabo Espichel /Vila Nogueira numa média digna de um expresso!

Para ajudar á festa rolámos cerca de metade do percurso em alcatrão, piso que estes dois CicloBeatos só fazem quando estritamente necessário e sempre com a urgência de chegar á terra batida o quanto antes, assim depois da tolerância concedida, e de dois telefonemas para CicloBeatos que pensei ser certo que nos iriam acompanhar, arrancámos direitos a Sesimbra para fazer a subida do Farol do Forte do Cavalo, tinha ficado prometido no domingo passado aquando nos desviámos da rota programada e avistamos a subida lá ao fundo.

Os CicloBeatos!... Sim no plural! Afinal éramos dois

Direitos a Sesimbra pela E.N. 379 e depois da subida do Alto das Vinhas, já o Hipólito dizia que a andar daquela forma não fazíamos a dita subida, tal era o ritmo imposto pelo duo, chegámos a Santana e optámos por descer a Sesimbra pelo caminho que passa pelo lugar da Assenta, e descer á praia do Ouro para tirar a foto de grupo, complicado foi para cabermos todos na foto…






Daqui seguimos pela marginal até ao Clube Naval de Sesimbra para atacar então a famosa subida do Farol do Forte do Cavalo. Já conhecia esta subida aquando da volta de 100 km, para prepararmos o passeio de 2010 mas apenas uma parte, cerca de 2/3 no seu final, sem dúvida que faz parte daquele grupo restrito das boas subidas que conhecemos no parque natural da Arrábida, pela sua inclinação e percurso longo, mas como podem ver pelas fotos vale a pena o esforço que a paisagem é deslumbrante.










Com o azul do mar sempre presente fizemos a subida até às pedreiras do Zambujal onde voltámos á esquerda para o Cabo Espichel pela EN 379. De volta ao alcatrão e depois de passarmos a aldeia do Zambujal entrámos pela terra batida á esquerda, no início da recta do Facho da Azóia, aqui chegados fomos sempre a abrir, direitos ao Farol do Cabo Espichel, passando pela aldeia da Azóia, para finalmente fazermos a habitual paragem no Cabo para abastecer o organismo com as barritas.

A ideia era fazer o caminho que está mais junto á falésia mas depois de duas tentativas com chegada a um caminho muito perigoso a descer, somos bravos mas não estúpidos, e a um “largo” no meio da serra com saída para nenhures, optámos por circular pelo estradão de terra batida que vai acabar no Santuário do Cabo.

Descida quase impossivel, mas o caminho era por aqui Hipólito!


Não Hipólito o caminho não era por aqui!... Era mais a "Este"... Mas também já descemos este de bicicleta (nota do editor)





Devido ao avançar da hora e porque o Hipólito tinha compromissos regressámos pela EN 379 até Santana, onde virámos á direita para a Aldeia das Pedreiras e seguimos pelo estradão de Calhariz até aos Casais da Serra, claro que tirámos uma foto no local onde eu e o Hipólito passamos religiosamente cada vez que fazemos o estradão de Calhariz, cada maluco sua pancada!





Ao chegar aos Casais da Serra voltámos á esquerda e para variar porque entrámos no alcatrão sempre a abrir até Vila Nogueira de Azeitão, chegados ao ponto de partida, ou de partidas dos CicloBeatos como preferirem, encontrámos dois CicloBeatos (que andam tresmalhados), o Simão e o Miguel. O Hipólito estava em cima da hora e arrancou para casa mas eu fiz questão de cumprir o ritual com dois amigos que apesar de estarem afastados do grupo, serão sempre bem-vindos. Aqui aplica-se uma frase escrita pelo editor deste blogue numa mensagem de 2009 mas que está bem actual.

“Enquanto houver um CicloBeato com espírito de CicloBeato, o nosso ¨grupo¨ nunca acabará... Apesar de birras, arrufos, desaguisados, ideias contrárias, e ciumeiras patetas, os CicloBeatos existirão para sempre e para tal basta apenas existir um de nós com o espírito dos CicloBeatos.” Dixit

Mário e os CicloBeatos "tresmalhados"

Um bom treino com 64 km percorridos a uma média de 17,4 km/h, em pouco mais de 3h30m e com um acumulado de 680 mt. No próximo domingo faremos uma volta mais “Light” com vista a que todos estejam operacionais para a Via Algarviana, máquinas e homens aptos para a grande aventura que aí vêm."

Para a próxima semana vou desenhar a volta "Light", até porque faço intenção de participar nela, vou verificar como está a minha anatomia em conjunto com a bicicleta, até porque troquei de montada, regressando ao quadro "MERIDA", que tantas alegrias me proporcionou ao longo de quatro anos, mas o problema maior é mesmo o úmero, que passados 35 dias do acidente, ainda não está recuperado totalmente... Bem para a semana veremos... Até à "Light".


segunda-feira, 23 de maio de 2011

PERDIDOS E COM OS CROMADOS RISCADOS


Pois é! Meus amigos ainda contínuo de baixa, o úmero leva mesmo tempo a curar, pelo menos mais 15 dias para sarar completamente e bem... Suponho eu... A ver vamos!?

Este domingo que passou continuou a preparação dos CicloBeatos com vista a uma boa performance na Via Algarviana, e voltamos a contar com a companhia do Simão, que ao que parece está esquecido das "tareias" que dava ao pessoal no início... Incluindo entrada em caminhos de quase impossível acesso em que se tinha de andar de "bicla" nos costados... Enfim!... Têm andado fora destas lides e está um pouco enferrujado... Mas nada que com continuação não volte ao normal... Até porque ele é um dos rijos, e que gosta sempre de uma boa aventura...

Mas vamos ao que interessa, a aventura de ontem relatada pelo nosso amigo Mário Jesus, cá vai:
A íngreme subida das Pedreiras (Sul)

"Ao contrário de outros Domingos, hoje não tinha percurso traçado mas tinha a ideia de fazer um caminho que passa pela Herdade da Murteira, nos Picheleiros e de rumar a Sesimbra pela serra do Risco para acertar umas contas com esta subida que está na foto em cima (Pedreiras de Sesimbra "Sul"), se por acaso estranharam o título da crónica mais á frente explico o significado de “cromados riscados”, compareceram á chamada na hora do costume e no sítio do costume, o Flávio, o Hipólito, o Simão e eu, cumpridos os quinze (15) minutos de tolerância arrancámos direitos ao centro da vila, para virar á esquerda pela Rua Helena Conceição Santos Silva e subirmos ao Alto da Madalena em jeito de aquecimento.

Descemos direitos ao parque de campismo dos Picheleiros, passamos por aquele sinais de trânsito estranhos, e ao chegar ao alcatrão virámos á esquerda seguindo até á fonte de São Caetano, onde voltámos á direita para fazer a subida do Pinheiro da Velha.
Alto da Madalena e a sinalética necessária devido ao desmoronamento de terras adjacentes à estrada




Para quem não sabe o Pinheiro da Velha já não existe conforme podem ver pela foto em baixo, mas era um pinheiro manso portentoso, que até têm uma lenda.

O local onde outrora esteve o pinheiro da velha


Lenda
do

Pinheiro da Velha

Nos últimos decénios do século passado a nossa região - e muitas outras - passou por um período de provações, havendo vastas camadas da população que subsistia com bastante dificuldade, havendo mesmo alguns focos de pobreza extrema, atingindo com mais incidência as crianças e os velhos.

A nossa lenda desenvolve-se neste cenário trágico:

 - Conta-se que uma velhota, moradora nos Picheleiros, pela força das circunstâncias, apesar de doente, foi obrigada a mendigar para seu sustento, tendo ido nessa provação para os lados de São Caetano, mais propriamente para o “Casal dos Candinhos”.

A determinado momento, já debilitada pela jornada, sentou-se à sombra de um frondoso pinheiro, adormecendo profundamente...

Entretanto a noite caiu, e a velhota não se apercebeu da aproximação de uma matilha de lobos que dela se aproximou, atacando-a mortalmente. Deste ataque feroz, segundo a lenda, só restou os tamancos da vítima...

A partir deste infausto acontecimento, o pinheiro onde se tinha dado a tragédia e o próprio local ficou a ser conhecido por “O Pinheiro da Velha”...

Dado seu porte, a sua situação geográfica e à lenda, o “Pinheiro da Velha” foi ganhando um certo “culto”, tornando-se emblemático na flora da região, ganhando estima e admiração ao ponto de merecer homenagem aquando da sua “morte”...

Desta homenagem deu-nos conta o Padre Manuel Frango de Sousa, em “Azeitão A Nossa Terra”:

 “ (...) Eram 16 horas do dia 26.9.87.

Depois da concentração junto à Fonte de São Caetano, começámos a subir a encosta.

Foi um minuto de silêncio; foram poesias do Alcindo, da Idalete, do José Augusto, e do Carlos Alberto . Foi um discurso do padre Manuel; Foi um minuto de silêncio. Éramos umas quarenta pessoas.

O Pinheiro da Velha está morto.

 Viva o Pinheiro da Velha!“


(transcrito de Lendas de Azeitão e Arrábida)

Finda a subida seguimos pelo trilho do Chico das saias onde ainda temos água, apesar de não chover nos últimos dias. No final desta subida o Simão, lá ia dizendo que tinha de rolar noutros terrenos, mas nós temos um objectivo que se chama Via Algarviana e que apesar de ser um PASSEIO só o disfrutamos como tal, se formos bem preparados.


Ao chegar ao sítio onde vivia o Chico das Saias, podemos constatar que o lixo se acumula, portanto as autoridades competentes continuam a olhar para o lado, e a assobiar como se nada fosse.
Abram bem os olhos! Responsáveis pelo Parque Natural da Arrábida

Seguimos na direcção dos Casais da Serra, onde o Simão rumou direito a casa conforme tinha decidido, apesar de lhe termos dito que faríamos menos subidas para o convencer a continuar com o grupo, posto este emagrecimento do grupo seguimos direitos ao alto da serra onde virámos á direita para as terras do Risco. Aqui a primeira foto de grupo, sem reclamações pois desta feita levei a "Sony" para fotografar.


Pelas terras do risco sempre a rolar e eis quando os Ciclobeatos encontram as suas musas inspiradoras… Ah pois é!!! De uma outra vez passaram por nós em sentido contrário e a correr, desta vez iam simplesmente a caminhar, simpáticas, cumprimentaram e desejaram bom dia, aos Ciclobeatos, ainda paramos para tentar uma foto de grupo, pensamos melhor e com receio da sua reacção e respeito pela sua meditação, continuamos... Ainda assim tirei uma foto á socapa…
Desta vez captamos em foto... Não foi mesmo, a nossa imaginação a trair-nos

Pelas terras do Risco afora e com quase todos os caminhos memorizados, porque isto do GPS do Nokia não é a mesma coisa do Garmin Oregon em termos de caminhos pela serra, o primeiro engano do dia com direito a “cromados riscados”, a definição nova no dicionário CicloBeático deve-se ao facto do arbusto que abunda na serra da Arrábida conhecido por carrasco ou Quercus coccifera teimar em fechar os trilhos e arranhar quem lá passa, ficando a malta com os cromados todos riscados!!!

O carrasco ou pinheiro-carrasco (Quercus coccifera)

Sem o G(ualter) P(ereira) S(ilva) em vez de voltar á esquerda para as pedreiras sul e respectiva subida, seguimos em frente e fomos dar ao portão da Sobrisul, tivemos que voltar atrás e quando parecia ter engatilhado no trilho certo, ”vamos por aqui é á confiança”, eis que temos o primeiro contacto com o carrasco, volta atrás novamente e agora sim, no estradão certo para subir a pedreira, por aquela rampa da foto inicial e nova paragem para foto de grupo e ingestão de barritas.



Na varanda privativa dos CicloBeatos ainda ponderámos em seguir por um caminho pela falésia até á estrada do facho de Santana, caminho esse que eu tinha percorrido, no dia anterior a pé num trekking feito com amigos especialistas na modalidade, o Flávio e o Hipólito já com os cromados riscados negaram-se, mal sabiam eles o que estava para vir…

Bem lá seguimos pelo caminho que conhecíamos direitos á estrada do facho, com um single-track muito bom e a descer e com o Flávio a equilibrar-se já que o buraco da pedreira fica assim mesmo perto, logo ali á direita. 



Aqui chegados olhámos para a encosta a oeste de Sesimbra e lá estava a bela subida que vai desde o porto de abrigo até às pedreiras do Zambujal. Aqui começa mais um dos enganos com direito a mais cromados riscados. Porque somos CicloBeatos e temos uma certa alergia ao alcatrão, decidi explorar um novo caminho até á vila de Sesimbra.
De facto existe caminho até à vila... mas muito mais estreito e inclinado só para pedestres (nota do editor)

Cruzámos o alcatrão e seguimos por um trilho que apesar de estar com indícios de ser utilizado, se revelou impossível para fazer de bicicleta, onde o bom senso teve de imperar e voltamos para trás, passando duas vezes pelas colmeias, desta feita sem ataques como os da Serra de São Luís, este é um trilho a ver com o GPS, porque ficámos na dúvida se no fundo do vale têm ou não caminho para Sesimbra. Mais uma vez e porque não queríamos seguir pelo alcatrão viramos num estradão que se revelou sem saída, de volta ao alcatrão, virámos á esquerda direitos á rotunda de Santana, depois á direita para a aldeia das Pedreiras e de seguida pelo estradão de Calhariz.

Pouco rolamos no estradão de Calhariz no sentido dos Casais da Serra, para viramos direitos ao portão da Quinta de Calhariz junto á EN 379.Aqui podemos constatar que o portão em frente da Herdade da Apostiça está fechado, provavelmente devido aos abusos do pessoal que não respeita a propriedade privada.

Depois de entrar na EN 379 no sentido de Azeitão fizemos alguns metros para virar á esquerda no estradão que vai até á Quinta do Conde, este estradão apesar de ter aspecto de estar arranjado têm uns areais grandes pelo que sugeri para seguimos pela direita para o Alto das Vinhas, depois de passarmos pela urbanização com o mesmo nome, seguimos por um caminho muito agradável, onde os fetos imperam, fazendo um mar verde á nossa volta, e como não há duas sem três, mais um engano desta vez sem voltar para trás, mas com umas penosa travessia de um areal!




Selva em pleno Alto das Vinhas

Com o patrocínio do Hipólito que apesar de eu dizer que o caminho era por ali, deveria estar fechado, ele quis continuar pelo que parecia melhor, conseguimos fugir á areia circulando por fora da estrada mas a certo momento até assim se revelava difícil, passado o deserto e chegados a uma cancela junto á quinta do Peru, cortámos á direita para os Canais, e daí até Vila Nogueira de Azeitão pelas aldeias de Aldeia de Irmão e Oleiros.
Antes de lá chegar recordei ao CicloBeatos a génese do grupo “CicloBeatos - Grupo ou quase grupo de indivíduos com os mesmos interesses, associação de pessoas que se encontram num ponto de encontro e finalizam o passeio de BTT com um brinde saudando todos os prazeres da vida.” E finalizámos com o referido brinde."

À nossa... e à vossa!!!

Como puderam reparar a rapaziada anda, um bocado perdida, ultimamente, talvez pela falta do seu navegador habitual... Orientação rapaziada, o que vós falta é orientação... E nunca se esqueçam os pontos cardeais são apenas, e só quatro... Depois é só achar o norte e rumar a casa sãos e salvos.

:-) NOTA DO EDITOR

segunda-feira, 16 de maio de 2011

DIPLOMA DO FLÁVIO COM DUREZA

 
Hoje foi o dia de reconhecimento e entrega da Jersey de CicloBeato ao Flávio, para isso teve de se submeter ao "Teste dos Testes"... A nossa "Dureza" percurso criado por mim, inicialmente com o intuito de treinar subidas para todos os gostos em poucos quilómetros, e que de momento serve para o teste final, de acesso aos CicloBeatos. O dia de hoje estava destinado a ser uma cerimónia para dois CicloBeatos, mas o Tiago não apareceu, e foi um teste apenas para o Flávio, que cumpriu como se esperava.

O homem e o seu feito... foi duro mas ultrapassou

Seguidamente terão o relato do cronista de serviço, o Mário... Certamente não será por muito tempo, pois já comecei a conduzir e falta pouco para a recuperação total... Via Algarviana conta comigo eu estou a caminho... Hehehe!!!

"Hoje fomos fazer um percurso desenhado com o intuito de receber os novos recrutas e fazê-los merecer a honra de envergar o Jersey dos CicloBeatos.

Sim porque isso de fazer parte dos CicloBeatos não é assim, tipo inscrição e pronto, claro que o grupo está aberto a todos os que queiram partilhar connosco o prazer de andar de bicicleta e o desfrute da natureza, mas para envergar o nosso Jersey terão de se identificar com os nossos princípios e fazer a Dureza!!!

Assim no local do costume á hora do costume compareceram o Hipólito, o Flávio eu e o Simão, para quem não conhece o Simão Ricardo, ele faz parte do grupo inicial dos CicloBeatos (foi co-fundador*), esteve algum tempo sem rolar connosco e hoje deu-nos o prazer de voltar a pedalar na sua companhia.

O Animado grupo de hoje na Louriceira

Arrancámos direitos á rotunda dos Picheleiros, virando á esquerda pela Rua da Califórnia para subir até ao Fim do Mundo, depois, descemos até à Quinta do Paraíso, para subir novamente pelo caminho que vai terminar na Estrada dos Picheleiros, após uma boa descida, que isto da dureza não é só subir!!!

Após a primeira subida. ainda a aquecer


Hipólito a fugir às valas, que são bastantes na descida do "Fim do Mundo"

Após entrarmos na estrada dos Picheleiros em direcção à Aldeia Grande, fizemos mais uns metros e nova virada á direita para a Cova da Amorena, passando pelo riacho que ainda leva caudal, suficiente para molhar o sapatito a mim e ao Hipólito.

Ponha aqui o seu pézinho...

Também molhei a meia...

A partir do riacho sempre a subir, e que subida a avisar que a serra está ali… Feita a subida, parámos para tirar a foto de grupo o que não foi fácil, primeiro equilibrar as bicicletas para servir de suporte, depois equilibrar o Nokia para a foto e depois manter o pessoal quieto, que gostam de ver as fotos mas não têm paciência para posar para as mesmas…

Vista na subida da Amorena

Flávio "Going Up"

Feitas as fotos ?! Rolámos pelo planalto e depois mais uma descida até á estrada do Vale da Rasca, cruzámos a mesma, e depois por um dos trilhos até ao alto da serra, sempre a subir até perto do Trilho Maravilha (baptizado pelos nossos amigos B.d.R.*), aqui chegados, ao cruzamento da serra, seguimos em frente e adivinhem, a descer...

A subir e a rir...

O célebre "beicinho" do Simão... de que já temos saudades (*nota do editor)

Na descida vertiginosa do aceiro que vai até á Comenda, encontrámos dois Rijos, o Carlos e o Rodrigo, vinham a subir, ou a tentar subir o aceiro que nós descemos, nada fácil por sinal, dois dedos de conversa sobre o CicloBeato de baixa e respectivo tralho. Toda a malta na palheta mas uns km depois só o Mário é que tinha a culpa de se perder tempo, e as fotos e tal…

Ao terminar a descida voltámos á direita enquanto o Simão voltou á esquerda, já que segundo ele o treino estava feito, até breve Simão e sempre que quiseres rolar... Tu sabes que és bem-vindo.

Pela margem esquerda do ribeiro da Comenda seguimos até ao alcatrão da estrada das Oliveirinhas, não sem antes termos de fazer um desvio por causa de uma árvore caída, apesar de se ver um carreiro não dava mesmo para passar.

Comenda e o caminho cortado... (*Já existe outra alternativa)

Porque se trata da dureza, chegámos ao "Quebra-Costas", onde tivemos que na parte final recorrer ao PéTT, sim porque segundo rezam as lendas dos CicloBeatos, só o Zé Vieitos é que foi visto a fazer a parte final em cima da bicicleta…

CicloBeatos no pico do "Quebra-Costas"

Continuamos a subir até aos Moinhos de São Filipe, e nova virada á esquerda para o caminho romano (a tartaruga) da Quinta do Viso Grande. Passagem pelo Grelhal, estrada nacional 10 no sentido de Setúbal e após passarmos o restaurante, e antiga discoteca "Leo Tauros", virámos à esquerda para a Serra de São Luís.

Aqui já o calor começava a apertar apesar de serem apenas 10 da manhã, esta subida é uma daquelas boas para abrir o pulmão e disfrutar da bela vista sobre a cidade de Setúbal na última rampa, com passagem por uma das antigas pedreiras, voltámos a descer e encontrar pessoal conhecido, o que motivou mais uma reclamação de alguém que não tinha amigos naquele grupo com quem nos cruzámos, mais um single-track muito bom, que nos levou-nos até à estrada da Quinta do Rego de Água, onde após fazermos alguns metros em direcção à Aldeia Grande, fizemos nova virada à direita para descer por um trilho que quase nem se via de tão pouco trilhado.

Desbravando caminhos...

De facto o caminho era mesmo por aqui.

Continuamos a ter água na serra conforme podem observar na foto abaixo publicada, onde em certas zonas a lama está bem presente, não dando alternativa a quem pretende passar para o outro lado. Daqui seguimos para mais uma subida daquelas onde o PéTT é quase obrigatório, ficando apenas a duvida se temos a modalidade logo no início da subida ou a meio, mas pela constituição do terreno arrisco-me a dizer que são subidas impossíveis.

Parecia um chiqueiro

Passámos pelo campo de paint-ball da Arrábida Aventura e virámos á esquerda na estrada para o Vale de Barris, virando novamente para a esquerda para seguir o sentido do Alto das Necessidades, aqui já alguém falava do "Cai-de-Costas" e de um percurso alternativo, mas dureza é dureza e voltámos à direita para a estrada onde começa a famosa subida, se existe nome conhecido pelo pessoal do BTT, Cai-de-Costas é um deles... Fizemos a subida desde o Vale de Barris até ao final do Cai-de-Costas sem parar, com alguns desequilíbrios pelo meio, na parte com mais pedras, mas desafio superado.

No final do "Caí-de-costas"

Aquela sensação de objectivo conseguido!...

Daqui até Vila Fresca pelo sobe-e-desce foi sempre a abrir, já que o Nando estava á nossa espera impaciente para saber como tinha corrido a aventura, continua a nossa preparação rumo à Via Algarviana e talvez arrisque a dizer:

“Via Algarviana... Yes we can”

Feitas as contas tivemos um acumulado de 780 metros em 30 km, por estes números poderão pensar que estamos a baixar o ritmo, mas não se deixem enganar pelos números, a sucessão de subidas é desgastante, e podem crer que foi a vez que mais me custou a subir o “Cai-de-Costas”.



Como acabaram de ler temos mais um CicloBeato formado e com diploma, pena ter faltado também o Tiago, mas certamente terá outras oportunidades de mostrar que merece envergar a Jersey dos CicloBeatos, assim o espero, e certamente a Via Algarviana será uma delas... Onde todas as suas capacidades irão ser postas à prova... Mas note-se que a capacidade essencial para ser um CicloBeato será sempre o espírito de camaradagem e de grupo, quem não as possuir, não terá nunca a felicidade de envergar a nossa Jersey com dignidade e brio, pode-se mesmo afirmar que a nossa Jersey separa os comuns mortais de um CicloBeato… Dixit.

*(Nota do Editor)