domingo, 2 de outubro de 2011

ARRÁBIDA, PELO MÁRIO


Este domingo foi a vez de o Mário decidir o nosso destino da volta, como tal, quem melhor do que ele que também é meu colaborador aqui no blogue, para contar a aventura deste belo dia de Verão em pleno Outono, portanto fiquem com o relato do protagonista do dia de hoje.

 

Para a volta deste Domingo calhou-me a mim, Mário Jesus, a honra de escolher quais os trilhos e estradas a percorrer na nossa Serra da Arrábida. A ideia era fazer os Picos da Arrábida de Sesimbra a Palmela, mas depois de marcar o percurso no Gpsies, fiquei  com a módica quantia de 65 km com 1895 metros de acumulado de subida!!
Posto isto liguei aos CicloBeatos de serviço, e tentei convencê-los de anteciparmos a saída para as 7 da manhã, como não houve consenso manteve-se a saída às horas habituais. Assim no Domingo no local do costume estavam também os do costume, o Hipólito, o Nando, eu e o Flávio. Arrancámos pela Rua José Augusto Coelho, direitos a Sesimbra para o devido aquecimento dos 10 km… E com a ideia de fazer o percurso possível nas horas que costumamos pedalar. Depois de passarmos as aldeias de Oleiros, Aldeia de Irmãos, Aldeia da Piedade, Alto das Vinhas e Maçã chegámos á rotunda de Santana onde seguimos á esquerda para a estrada do Facho de Santana. Fizemos uma subidinha curta mas com inclinação de 12% para depois de alguns metros voltarmos á esquerda por um estradão que passa nos limites da pedreira e nos leva a uma outra pedreira, a da “Sobrissul”. Por um trilho que habitualmente fazemos a descer, lá fomos subindo e depois de alguns “cromados riscados “ lá conquistámos o primeiro pico do dia já na serra do Risco. Descida vertiginosa pela estrada que também habitualmente fazemos em sentido contrário e com muito mais esforço e primeiro percalço do dia para mim, um ameaço de aterragem forçada devido a uma vala que atravessa o caminho (feito a subir não tem problema!). Consegui parar e avisar os outros para desviarem para a esquerda. Chegados ao fim da descida voltámos á direita e seguimos pelas terras do risco até á estrada 379-2. Nas terras do risco encontrámos novamente, e desta vez sem foto*, as freiras a fazer o passeio matinal de Domingo. Um dia destes tiramos foto de grupo!

Tempo ainda para pedalar e assobiar, já que demos avanço a um grupo de moços com o devido aviso de “vão andando que nós já os apanhamos”, e assim foi com grande naturalidade que foram alcançados, onde até dois CicloBeatos demonstraram a frescura física ao pedalar e assobiar. Ah! Danados dos CicloBeatos! Ainda a tempo de eu lançar o desafio, que prontamente foi recusado pelo grupo, de descobrir um caminho pela encosta da serra que sendo pedestre não sei se será ciclável, e como o pessoal, já está escaldado de andar com a “bike” às costas quando eu sugiro caminhos. Depois destas peripécias chegamos ao alcatrão e rumo ao Convento da Arrábida que se faz tarde, e o Segundo pico da Arrábida esperava por nós, este o mais alto do percurso. Subida feita com paragem a meio para foto de grupo e mais á frente quase que dava boleia a uma senhora que decidiu andar a pé e aos ziguezagues á minha frente, isto a subir já depois do Convento.

Inicio com bastante asfalto...


Muita inclinação e via própria para CicloBeatos

Nascente mas não de água...

Castelo de Sesimbra ao longe

Atalho do Facho de Santana para as Pedreiras

A Pedreira da "Sobrissul"


Crista da Serra do Risco

Descida das Pedreiras Sul

o ritual do final da descida das Pedreiras


*Com que então não houve foto ó Mário! (risos)

Quase a entrar na 379-2...

... e a sair das Terras do Risco

A caminho da subida do Convento

Convento da Arrábida

Ermidas da Serra da Arrábida

Vista das Ermidas para o Portinho e para a Figueirinha

"Boys just wanna have fun!"

Tempo para paragem novamente desta feita na rampa de lançamento do pessoal do parapente, onde houve tempo para risada geral já que depois de tantas tentativas de alinhamento dos quatro CicloBeatos e da paisagem em fundo (já havia pessoal deitado na rampa), um senhor que estava a montar o parapente ofereceu-se para tirar a foto.




Daqui até á fábrica da Secil sempre a descer e a gastar pastilha, uma mais outros menos, onde chegados aos cruzamento seguimos em frente pela terra batida para o terceiro pico, o Alto da Comenda. Aí fomos nós a subir e bem subir, já que neste caminho temos duas pequenas rampas onde a força e equilíbrio e por vezes a sorte na escolha do caminho é decisiva para alcançar o topo. No topo da Comenda tempo para respirar e em vez de voltar para traz e descer por um dos aceiros que conheço, fizemos o caminho para a frente onde alguns metros depois o caminho acaba. Volta para traz e descemos por um desses aceiros, este até nem conhecia mas fiquei a conhecer, eu e o meu joelho.
Pois é como dizem por aí que acontece aos melhores e a mim também… Chão com ele depois de “tira aqui uma foto ó Nando”.O Nando ia a pé e tirou a tal foto onde a inclinação era considerável e o chão bastante escorregadio com cascalho e folhas á mistura, depois uma vala a atravessar o caminho, desci da bike para passar a vala e ainda antes de ter os dois pés nos pedais já estava no chão.
Joelho com algumas escoriações mas não inchou ao contrário dos prognósticos dos companheiros do pedal, e lá seguimos pela margem da ribeira da Ajuda até á Aldeia Grande onde entramos na estrada dos Picheleiros. Aqui já no regresso a casa com a alteração de percurso e deixando para outro dia o alto dos Moinhos de São Filipe, o posto de vigia de São Luis da Serra, o Castelo de Palmela e os moinhos da serra do Louro. Depois de rodarmos alguns metros na estrada dos Picheleiros virada á direita pela estrada da quinta dos 3 caminhos para voltarmos a entrar mais á frente no alcatrão e aqui fazer a já conhecida subida do Facém.
Boa volta com um acumulado “jeitoso”.

A caminho das Antenas




Antenas da Arrábida

A partir deste local é sempre a descer até ao cruzamento do Vale da Rasca


Breve paragem numa das baterias de costa junto à estrada

 


Baterias de Costa, ainda com as peças de artilharia (ou o que resta delas)


A abandonada 7ª Bateria de costa

Atalho da Rasca para o Alto da Comenda

Vista do Alto da Comenda


o Mário antes...

... e depois da queda.


Pois é Mário... Fizemos 1017 metros de acumulado em subidas em cerca de 47 km, e ainda querias subir mais, e várias vezes até Palmela... Tás mesmo doidinho! Era para acabar a volta às três da tarde? Ou mais? Sabe-se lá em que estado fisico.

De qualquer modo foi uma boa volta, a meu ver apenas pecou por ter um pouco de alcatrão, a mais (sabem que não sou aficionado do asfalto), mas fica aqui um concelho para os próximos a escolher destinos, limitem-se a preparar voltas entre 40 a 50 km, pois voltas mais longas e duras teremos nas deslocações para fora da nossa região, aqui na nossa zona convém respeitar os horários familiares, e estarmos em casa para o almoço de domingo, já para não falar de poupar um pouco o fisico, ou futuramente, ninguém nos quer acompanhar (eu sei que já se assustam "risos"), pois corremos o risco de erradamente entramos num constante galope em ascendente, do tipo "a minha volta têm de ser mais dura e maior que a tua", e qualquer dia estamos a subir paredes de betão, só para mostrar que somos fortes, rijos e duros, em suma, duro sim! Mas nada de exageros.

Para a próxima semana vamos para "fora de portas" com deslocação ao Complexo Mineiro do Lousal, onde iremos percorrer um circuito com 60 km, e com cerca de 400 metros de altimetria (para relaxar), almoçaremos no local e seguidamente regressaremos a casa.


1 comentário:

  1. Bem... O Mário esta semana estava com umas ideias bem "maradas"! Para se poder fazer este percurso na sua totalidade tinha que se levar na mochila vários taparueres cheios de esparguete e almoçar a meio caminho!! ehehehe

    Esse caminho quando se desce do Alto da Comenda tem dois ou três sítios onde é conveniente ir a pé, mas tirando isso até é um caminho acessível e que nós habitualmente fazemos quando vamos lá acima.

    Tenho de concordar com o Fernando relativamente à quantidade de alcatrão que este percurso teve, na minha opinião este é um percurso que com algumas alterações poderia ser feito no inverno quando a nossa "amiga" lama começar predominar e aí sim o alcatrão já fica mais tolerável.

    PS: Acho que conheço quase todos os trilhos pedestres na Serra do Risco e se percebi bem onde vocês estavam acho que tomaram a decisão acertada ao optarem por não o irem explorar. Se me derem as coordenas eu confirmo isso ;)

    Abraço

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