domingo, 15 de setembro de 2013

CHINCHADA!...


Hoje no inicio éramos sete, o João, o Hipólito, o Fernando, o Mário, o Flávio, o Renato e o Pedro, num dia em que após vários passeios sem percurso previamente idealizado, voltei à criação da rota a percorrer pelo grupo, numa tentativa de começar a preparação para o difícil desafio do ano que vêm... Nos Montes Herminios. E logo para azar do Pedro, certamente à espera de um passeio bem mais calmo para o dia de hoje. 

Começamos a pedalar pelas 8.00 e lá fomos nós pelo Cuco... Mas antes o furo do dia, na Califórnia, para o Hipólito, a pagar a factura da falta na semana passada.
Depois de um pouco do "sobe-e-desce" antes do "caí-de-costas", refugi amo nos na "Toca do Coelho", descemos depois um pouco do "zigue zague", fazendo a primeira incursão na povoação das Cabanas, voltamos a subir pela rua da Fonte dos Pintos até à Fonte do Sol, onde por um acidentado e "pedregulhado" trilho cheio de regos, já nosso bem conhecido começamos a descida, perante a extasiada presença de um grupo de caminhantes, que incrédulos ainda perguntaram num espantado e admirado sussurro de quem julga que nós estamos enganados, e não é por ali que queremos seguir... Por aí não dá!!!
Porém se por acaso nos tivessem seguido e deparassem o que deparamos uns metros à frente, teriam certamente mordido os chapéus num acto de desespero e questionado se o que estariam a observar faria parte da realidade.
Então não é que a subir ainda passaram três motociclistas nas suas potentes motas exibindo os seus dotes de "Trial", claro está, que se nós tivéssemos motores também o faríamos...
Mais um pouco à frente outra surpresa os meus amigos Alan e Minito, mais um grupo de amigos a tentar subir o que nos descíamos, o que as motas subiram e o que os caminhantes apelidaram... Ai não dá!!! Após breve troca de galhardetes com o nosso grupo e alegres gargalhadas de ambos seguimos os nossos destinos desta vez opostos, mas sempre em busca de ultrapassar barreiras, tabus, limites e padrões.

Voltamos às Cabanas e inspirados por caminhos quase impossíveis, subimos o normalmente (claro que nós não somos normais), feito no sentido descendente, trilho do Cabeço das Torres, já cá em cima fomos contornar os terrenos do Marçal, descendo pelas Torres, até a N379, nas Cabanas, um pouco de asfalto até à Quinta do Anjo e no arenoso local do Bacelo, atravessamos a Quinta dos Franceses, para regressar ao Marçal, desta vez pelo Pinhal. Regressamos em seguida às imediações da Fonte do Sol, onde sensatamente o Mário decidiu voltar, com o já bastante fatigado, Pedro, a casa. Dirigimo nos depois pelo sempre radical "Fio-Dental", de seguida um pouco de estrada dos Barris e descida para o "Frigorífico", onde no final desviamos para o Rosmaninho... Não! Desta vez não subimos, apenas atalhamos até ao Casal da Cruz da Légua.

Atravessada a N10 fomos tentar passar pela Quinta dos Cambalhões, o que não viria a acontecer já que este caminho de acesso à capela de Alcube, se encontra cortado, para nossa pena, alargando a já longa lista de caminhos interditos. Nada que já não soubesse mos, mas pensávamos que a situação se tinha alterado devido a bastante procura da capela, principalmente na época festiva em finais de Junho.
Invertida a marcha contornamos a capela pelo lado poente, pelas ruas do centro da aldeia, fomos até à ribeira da Ajuda, onde após travessia do seu leito seco, eu e o Hipólito quase éramos trucidados, por três indivíduos, que pedalavam lado a lado em alta velocidade e que por pouco não nos atingiram. Uns metros mais à frente também um grupo de praticantes de atletismo se encontrava incrédulo, pois também tinham sido alvo daquela tangente irresponsável que por pouco não nos colheu a todos... Sem dúvida que são atitudes como estas que ajudam a sujar o bom nome da modalidade e de que a pratica. Enfim!...

Já que falei em colheu... Ou por falar em colher!... Desta é que foi!... Figos!... Finalmente avistamos figos. Estes estavam acessíveis e livres, a nossa espera, ia eu a pedalar na cabeça do grupo quando de repente pelo canto do olho esquerdo, avistei a figueira, ali mesmo ao lado do trilho, travei repentinamente atirei a bicicleta para o lado e acerquei me da fonte de tão saborosos furtos que me andam a fazer ougar (acção de salivar ao ver comida) à várias semanas... Ai desta é que não escapam!
Os meus companheiros ou deparem com tamanha desenvoltura da minha parte, não se fizeram rogados e com licença que por aqui me sirvo...
Ainda estávamos envoltos pelas folhas da bendita árvore quando chegaram os atletas com os quais tínhamos cruzado apouco, juntaram-se a nos na busca dos mais maduros e claro, connosco degustaram esta deliciosa fruta da época.

Do resto da volta já nem me interessa falar, pois mais uma vez subimos o Herman... Perdão o Facém, e chegamos ao local da partida, após 34 km, 769 metros de acumulado e desta vez com figos no estômago.
Adoro finais felizes, pena serem poucos, e só às vezes...









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